segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Você realmente está "cagando" pela opinião dos outros? Você é o cara foda que não se importa e não se ofende por nada?


Muitas pessoas no facebook  postam coisas que remetem a não importância com a opinião dos outros sobre algo particular seu, só que modinha é modinha :  psicologicamente falando e antropologicamente, por mais que virtuoso que seja o caráter autêntico e independente, o ato de não se importar com a opinião dos outros é uma FARSA . Não é assim que funciona, não é assim que funciona.







Em muitas ocasiões o ser humano necessita administrar sua opinião pública, seja ela por interesses econômicos, sociais ou afetivos. Nós vivemos em convívio, relacionamentos e tolerâncias. É muito lindo esta temática narcisista e hedonista que  fazem questão de divulgar. No fundo para alguns, isso funciona como um mecanismo defesa do ego. Já que nossa vida é uma castração sem limites, o libido cotidiano de viver torna se uma luta escassa.Esta batalha entre pulsões e vontades tendo que ser oprimidas provocam um desejo de manifestar um novo eu,  contendo um  coração de aço (ia dizer adamantium mas nem td mundo conhece 😅) .  É justamente o oposto, quem não se importa não tem necessidade de manifestar ou mostrar para os outros que não se importa.

Memes destes tipos são engraçadinhos :














Mas vejo muitos deles (que soam como uma necessidade de potencialização e invunerabilidade do eu




O por quê desta impenetrável armadura digital que é construída por uma máscara eu explicarei a diante. Este coração de adamantium digisocial constituído de frases chulas e fotos fakes (geralmente com um sorriso escondido de um verdadeiro desespero) é uma forma de sublimar a sua patologia oculta que possivelmente esteja inconscientemente  intragável. Com o objetivo de não se afetar pela pressão externa ;  pressão de idéias , críticas e questionamentos ; em campos sociais,amigáveis,amorosos ou familiares.

Não só a opinião incomoda todos os seres, como também estar subordinado a dependência de uma paixão (da qual a intensidade dos sentimentos torna incontrolável, sujeitando o indivíduo a cometer a auto-degradação) por querer alguém que talvez não retribua. 





Sobre o amor e não a paixão, o amor correspondente, também rebaixa o ego e o narcisismo. Existe uma relação recíproca e genuína em um amor correspondido; o agrado ao parceiro é no fundo, apenas uma vontade de receber o  sorriso. O homem moderno, narcisista e hedonista não é capaz de amar.Mas quem não entende nada sobre pensar e sentir, filosofar e resignificar, não saberá cair bem em num abismo. Abismo este, que muitos de nós nietzschianos, caem dançando ao som de uma sonata fúnebre, um ato poeticamente trágico entretanto magnificamente artístico e catártico.Apreciar uma escuridão melancólica é natural, negar é enganar-se . Ao cair neste abismo, indivíduos cegos gritam, desesperam-se e começam a produzir mascaras sociais, máscaras de vergonhas e medos, enquanto nós  ... 

Nós honramos das coisas boas as horríveis, honramos as sensações humanas, vivemos do que é de nossa natureza.Um nilista não vê regras, é capaz de sair do abismo e subir nos alpes  dançando um tango fervoroso com outra companhia lascívia. Aquela antiga decepção amorosa já não mais afeta a personalidade do ser, ela pulveriza,  assim como aquele abismo que ela causou. 

Está vendo? Não é necessário mascaras nem corações de aço, não perca vitalidade  em nome de autopreservações, difame-se, embriagai-se
Embriagai-a a mente, a Thanathos, a Eros e Dionísio. (Apolo nunca foi maneiro)

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