quarta-feira, 28 de abril de 2021

A noite Inconsciente


A noite Inconsciente

"Um véu de veludo preto cobre os céus.
Sob sua forma escura provoca o silêncio e o descanso, mas também a observação. Na natureza se revela o inconsciente.

O vazio é pacifico na sua escuridão, causa de paz e de reflexão. Sob os sintomas da noite, há uma aspiração de devaneios junto à solidão. 

Pensamentos esvoaçantes de momentos flutantes, as vezes suaves as vezes trêmulos, mas sempre estimulantes. Reflexos do eu se transformam e se mostram. Eram agitados os pensamentos esvoaçados, desquilibrados... provocam-se nos sonhos dos desesperados (os desejos negados). Mas a noite os resetou, e o que restou? O meu eu além do que pensava que era meu. 

Há muitas coisas a curar, coisas que não pode simplesmente cortar, deixar passsar.
O oculto está aberto, mas nem sempre é revelado. A lua cheia abre caminhos pelos sonhos resguardados, dos desejos desesperados de um ego obliterado. Obliterado pelo social, exterminado pelo valor moral. 

A noite nunca foi criança. A noite é uma velha sábia, que com sua lábia; sopra em ouvidos lentos e atentos, conhecimentos através dos ventos. Ventos uivantes, as vezes silenciosos e as vezes misteriosos.

O super ego é dissolvido, o inconscoente restabelecido. Sem brigas, sem mágoas. Minha sombra vive na noite sem dores resguardadas." 

Allan Nagy

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