sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Apologia a Dionísio




Tu és a loucura.
Tu conténs minha carne
que produz escarne.


As perguntas são solucionadas com a loucura.
As respostas são descartadas com a alegria.
As reflexões são ignoradas com o prazer.
As verdades  são correspondidas com ironia.


A vida é ironia, fantasia, agonia.
Piada de mal gosto que causa desgosto.





A vida é feliz quando saímos noite.
Só se pode viver quando acorda do caixão.
Somos almas mortas e ressuscitadas pela paixão.
Somos o sarcasmo e a irreverência,
A dor e a prudência.



O que já está morto é o que mais tem vontade de viver.
O morto sente saudades da ingenuidade, da graça e da pureza.
Aquela criança que gosta de fazer travessuras,
Almas negras adoram coisas puras e sujas.
As crianças adoram travessuras, as crianças
adoram a loucura.

Déspotas do mundo, viramos ele de ponta cabeça
Mas nos ferimos com o discernimento e a razão
A luz afeta o coração, a ponderação e superação.
Filhos de dionísio não querem melhorar, nem piorar
querem viver, amar e se entregar.
Somos aberração, não faremos oração.
somos déspotas, descrentes e transgressores.

Podemos morrer nesta brincadeira, pois nosso Deus é perigoso nocivo e instigante.
Seu poder é grande sua desgraça, desejo incessante.

A Dionísio devemos adorar, a Dionísio devemos odiar.





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